domingo, 29 de agosto de 2010

Can you keep a secret?

Can you keep a Secret, ou O Segredo de Emma Corrigan, é um (ótimo) livro de Sophie Kinsella.

O livro é mais um dos muitos do gênero chick lit (opa, não pare de ler por preconceito, hein?). Como assim? Chick lit é aquele gênero de livro vulgarmente chamado de “livro de mulherzinha”. Romances leves com aquela dose certa de comédia, com finais completamente previsíveis e de fácil leitura (o que não significa que dispense qualquer tipo de reflexão, mas sim que não é aquele livro que te suga por completo, que te faz ter uma avalanche de emoções e reflexões).

Adquiri este livro em janeiro deste ano, na Livraria Cultura (da Paulista), após receber a indicação de uma garota que já lera vários livros da autora. Comprei sem relutar a versão pocket em inglês (que é muuuito mais barata que os R$50,00 cobrados pela em português. Aliás, não consigo entender porque aqui no Brasil livro é artigo de luxo).

Apesar de tê-lo comprado em janeiro, só comecei a lê-lo na última quarta (sim, dia 25/08). Mas o fato é: em determinado ponto da história eu não consegui mais largar o livro (o que, confesso, foi ligeiramente ridículo já que eu lia o livro até na aula e tinha que ficar segurando minha vontade de rir a cada nova passagem). O resultado foi que na sexta de manhã eu já acabara de lê-lo.

Mas vamos lá.

Emma Corrigan não é exatamente o que se pode chamar de uma pessoa bem-sucedida, e seus familiares adoram lembrá-la disso. Mas ela tem um namorado maravilhoso, um emprego na Panther Corp., divide um apartamento com duas amigas (Lissy e Jemima) e, como toda mulher, tem lá seus segredinhos.

Mas ela sabe que sua sorte está para mudar quando seu chefe a pede para representá-lo em uma reunião em Glasgow. Ela será promovida, Emma tem certeza.

Bem, ela seria promovida, se a reunião não tivesse sido um total fracasso.

Para piorar, ao voltar para casa, o avião em que está passa por grande turbulência e a jovem, que já tem medo de voar, tem certeza de que todos vão morrer. Desesperada e fora de si, Emma começa a falar descontroladamente com o desconhecido sentado ao seu lado e, um a um, conta todos os seu segredos a ele (quase como uma confissão, eu diria). Ela só pára ao ser interrompida pela aeromoça, informando-lhes que o avião já aterrizou.

Ao perceber o que acontecera, só uma coisa a deixa aliviada: a certeza de que ela nunca verá aquele homem que sabe tantas coisas (constrangedoras) sobre sua vida.

Na segunda-feira, ao chegar ao trabalho, Emma descobre que a empresa receberá a visita de um dos inventores da marca, Jack Harper. Quando o tão esperado visitante chega, quão grande é sua surpresa (e desespero) ao perceber que ele, o dono da companhia, é nada mais, nada menos, que o “desconhecido” do avião.

Tudo bem, à primeira vista pode não parecer o enredo mais interessante do momento, mas a maneira como a história se desenvolve, o jeito como o não mais desconhecido usa os segredos de Emma para provocá-la e até mesmo melhorar as coisas é realmente cativante.

Seja como for, bobinho ou não, o livro merece ser lido, até mesmo por mostrar, de maneira sutil e divertida, até que ponto conseguimos guardar inúmeros pequenos segredos e sustentar várias pequenas mentiras sem que isso nos torne, perante os outros, uma pessoa completamente diferente da que realmente somos.

2 comentários:

  1. Simplesmente afeiçoa-me a bagagem que você trás consigo, e o quão váriaveis e diversificadas elas são. Os seus pontos de vista são neutros mas não são neutros, são lúcidos e amáveis. Me faz enchergar uma obra pela qual eu passaria provavelmente desapercebido, algo encantadoramente interessante, quiça indispensável.

    Empresta-me teus olhos, senhorita Rubim?

    Há braços.

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  2. Não tenho nenhum problema em assumir que adoooro esse tipo de livro! hehehe
    Por sinal, me empresta? ;)
    Bjos,
    Brisa

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